Para estrear esse novo blog, escolhi contar uma historia da minha infancia. Aconteceu quando eu tinha uns 8 ou 9 anos de idade.
Minha mãe estava gravando mais um disco. Em uma das canções alguem deu a ideia de colocar a minha voz e a voz da Debora no refrao, cantando … ‘mundo de tristeza, mundo de horror, mundo sem valor…”
Toda mãe coruja que se preza adora ver a filharada se expondo ao ridiculo, claro. Então me pediram: Léia, solta bem a voz, canta bem forte mesmo. Pra que ? Só dava eu berrando dentro do studio na frente do microfone. Tiveram que me afastar alguns passos.
Quem não sabe como é gravar um disco, não faz idéia de quantas e quantas vezes a gente volta na mesma frase da mesma estrofe, da mesma canção, na mesma melodia. Chega cansar. E pra piorar tudo, naquela época não existia um recurso MA – RA – VI – LHO – SO que tem hoje sobre o operador da mesa de audio pegar a frase que você acabou de cantar, colocar no protools para afinar e copiar quantas vezes for preciso durante a mesma cançao. Naquela época não tinha nada disso, então a gente repetia, repetia, repetia, repetia até à exaustão e quando pensava que ja tava bom, sempre tinha um filho de Deus desocupado pra dizer: Não ficou bom ainda; melhor refazer essa parte. Se voces acham que hoje em dia existe gente com espirito de porco, é porque não conheceram um studio de gravaçao de discos nas decadas de 70 e 80 ( !!! ) Ali era o ninho desse tipo de gente. Não tem outra explicação.
Mas enfim … lá pelas tantas da noite, depois de ja estar em pé na frente do microfone por mais de 4 horas, cantando, cantando de novo, cantando mais uma vez e cantando novamente, eu me cansei, fiquei com fome, pedi comida. Ok, Léia – me disseram – vamos só acabar essa parte e ja vamos comer, ta?
Eu esperar pra comer? Faz-me rir. Não que eu fosse glutona, mas eu era só uma criança de 8,9 anos de idade, gente ! Não iam me dar comida, não? Tudo bem, vou cantar mais fraquinho para mostrar que estou quase morrendo de tanta fome, pensei. Eu tambem nao deixava por menos. Pimenta que só eu mesmo.
Quando notaram que eu ja não queria mais cantar por causa disso, foram buscar comida. Eu me animei. Quando a comida chegou, eu só terminei a frase da canção que eu tava cantando e ja ia saindo do meu lugar marcado pra pegar minha preciosa comidinha quando me disseram: Léia! Primeiro tem que terminar de gravar esse hino, daí você come. Eu fiz uma cara de cahorrinho desamparado pra ver se comovia alguem e deu certo, comovi o coração de um dos musicos que estavam no studio com a gente ( sim, naquela época, todos gravavam juntos na mesma hora, cada um no seu microfone, tocando seu instrumento ou cantando ) e ele abriu uma das embalagens para me mostrar o que tinha dentro. De longe eu olhei, porque eu não podia tirar os pés da marca que tinham feito no chão com giz ao redor dos meus dois pés. Tortura total !!!!!!!!!
Eram umas 4 bombas de chocolate e outros 4 canudos de chocolate todos recheados com creme. Uau! Pra que ele foi me mostrar aquilo? Eu quase chorei. Me convenceram a continuar gravando porque ja estava acabando (assim eles diziam, tadinha de mim) e sem ter outra opção, continuei. A cada vez que precisavamos parar porque alguem tinha errado algo, eu dava uma olhadinha para aquela guloseima deliciosa em cima do piano onde tinham colocado a comida. Era pra me garantir que o chocolate continuava la ainda. Eu cantava uma frase da canção e olhava pra traz, cantava e olhava pra traz, repeti isso umas dezenas de vezes, ate que umas horas depois, terminamos a gravação daquela canção que eu não posso ouvir até hoje, porque me lembro da tortura que foi cantar tendo bem ali pertinho de mim, sobre o piano, uma bandeja cheia de chocolate.
Confesso …. só cantei até o fim porque eu sabia que depois da ‘tortura’ tinha um recompensa chocolatiana para mim. O que eu não faço por um chocolate? Desde pequena é essa historia. Valha-me Deus !
OLÁ BENÇÃO TUDO BEM GOSTEI DESTA PUBLICAÇÃO…VOCÊ É MUITO ESPECIAL E TEM O CARINHO DE TODA MINHA FAMILIA…DEUS CONTINUE TE ABENÇOANDO UM GRANDE ABRAÇO NA PAZ DO SENHOR. PASTOR PADILHA
êita…essas crianças…nem te contoo que eu fazia…rsrsr
Bjinhu!, Léia!
A paz!
o/
Ja fui num studio acompanhando meu noivo na época, ficamos a tarde toda…. Jesus dá até dó, rsrs imagino daquela época, ri aqui c a história. Quando éramos pequenas colocavamos esta música lá em casa, eu e minha duas irmãs e bem alto cantávamos do ap, hj entendo a reclamação do síndico, rsr, bom recordar: Mundo de tristeza, mundo de horror, mundo sem valor, rsrs Bjao
amada adoreisua historia paz fq com deus um forte abraço
conte mais historias lindas como esta
Boa noite e como não dizer a paz do Senhor?!
Gosto muito das suas historias, lembro daquela que você contou na revista Expressão Jovem “Entrando em gaiado” tipo assim.
Te amo em Cristo!
rsrsrs,tortura total,rsrs
Nunca imaginei que os hinos que tanto te imitei quando criança era toda esta tortura que Deus te abençoe.
KKKKKKKKK ….. O que não fazemos por um chocolate!?Vc contando, parece que eu estou vendo! Deu até vontade de comer agora!Te amo Ir.Leia!
Oi irmã Leia gostei muito das suas histórias e dei muita risadas principalmente daquela quando você aprendeu a força a dirigir quando foi buscar o Daniel na escola e também do feijão preto no restaurante em Porto Alegre quando você perguntou para o garçon quando ele traria o feijão de verdade. Eu ainda não li todas não, mas vou ler. Deus te abençoe ricamente em nome de Jesus.
Daniel Arcanjo Silva